Resultado: grupo gerador de 800 kVA atende a planta com margem segura.
Em operação crítica, recomenda-se dois de 450 kVA em paralelo (N+1), permitindo manutenção sem parada.
3) Fatores ambientais e logísticos do Amazonas
- Temperatura e umidade: reduzem o rendimento térmico; aplicar derating de 3 a 5%.
- Altura próxima ao nível do mar: não afeta significativamente a potência, mas favorece a refrigeração.
- Acesso e transporte: módulos de até 500 kVA facilitam a movimentação em vias urbanas de Manaus.
- Ruído e ventilação: atenção especial a galpões fechados; a exaustão deve evitar recirculação de ar quente.
Esses fatores tornam a modularização (vários geradores menores em paralelo) uma prática cada vez mais adotada no PIM.
4) Integração elétrica e automação
- ATS e paralelismo: permitem transferência suave entre rede e gerador e operação em load sharing.
- Sincronização automática: controle isócrono/droop para estabilidade de frequência e tensão.
- Monitoramento remoto: integração via Modbus/TCP ou SNMP ao supervisório da fábrica.
- Proteções: relés de sobrecorrente, subfrequência e sequência de fases são obrigatórios.
O sistema de controle é tão importante quanto o dimensionamento mecânico — é ele que define a confiabilidade da operação.
5) Conclusão
Dimensionar um gerador no Polo Industrial de Manaus exige mais que aplicar fórmulas — requer compreender o perfil de carga, o ambiente e as exigências de auditoria energética.
Projetos bem-sucedidos adotam arranjos modulares, integração total com o sistema elétrico e planos de manutenção baseados em métricas reais de uso.
